Professor Pedro Salvio AF.

Black Belt 1 Dan.

Professor more 12 years.

International Champion Jiu-Jitsu.

South America Champion Jiu-Jitsu.

Brasil Champion Jiu-Jitsu.

3x São Paulo - Brasil Champion Jiu-Jitsu.

5x University - Brasil Champion Jiu-Jitsu.

2nd placed SP Cup Pro League Jiu-Jitsu 2010.

3rd placed World Cup Jiu-Jitsu 2010.

3rd placed Abu Dhabi Professional World Trials Jiu-Jitsu 2011.

2nd placed Argentina Open Jiu-Jitsu 2011

Equipe Aliados Fortes- 2011

Faixas Pretas Pedro Salvio e Luiz Toshimitsu

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Se liga na matéria que fiz em 2000, quando ainda era faixa Roxa

JIU-JiTSU: ESPORTE OU VIOLÊNCIA

Alguns treinam por esporte, outros buscam uma forma de defesa pessoal.
A verdade é que o esporte invadiu as academias e ganhou um grande número de adeptos.
Muitos dos praticantes saíram as ruas batendo em todo mundo, e o jiu-jitsu se tornou
sinônimo de pancadaria e manchete policial. É difícil afirmar que uma luta em que se
aprende a bater no outro é esporte e técnica e não violência.
Para falar sobre o assunto, entrevistamos Pedro Salvio Norese Bilsky, professor de jiu-jitsu
da equipe Fernando Pontes (Margarida Jiu-Jitsu).
1- Qual o princípio do jiu-jitsu?
Pedro Bilsky: Trabalhar mente e corpo desenvolver estímulos físicos, aumentar a auto -
confiança. Colocar e transformar dificuldades em harmonia.
2- O Vale-Tudo é um campeonato de jiu-jitsu?
Pedro Bilsky: O jiu-jitsu é uma luta de solo onde apenas é usado estrangulamentos, chaves
de braço, chaves de pé... não existe nenhum golpe traumático (como chutes e socos).
Então, o jiu-jitsu nunca poderia ser comparado com o vale-tudo, o que pode ocorrer é que
os atletas que praticam jiu-jitsu tenham mais facilidade para dominar em posições uma
luta de vale tudo, usam as técnicas aprendidas em aula nos eventos de vale-tudo
3- Qual a diferença entre o brazilian jiu-jitsu, de Hélio Grace, para o jiu-jítsu?
Pedro Bilsky: Falando de Brasil o jiu -jitsu é o mesmo. Comparando com o japonês a diferença
técnica desenvolvida não só pelos Gracie, mas pelos lutadores brasileiros, é muito
superior a oriental, muito mais aprimorada. O mestre Hélio Gracie por ser um atleta de
porte físico inferior e sempre ter que lutar com adversários mais fortes desenvolveu uma
luta baseada em alavancas. O peso e força do adversário são usados a seu favor. Assim,
com conhecimento técnico superior pode-se ganhar de uma pessoa mais forte.
4- Porque muitas vezes violência e jiu-jitsu são sinônimos?
Pedro Bilsky: A pessoa que pratica qualquer arte marcial tem uma grande vantagem em
relação a um leigo, só que o jiu-jitsu foi a arte que mais se adaptou ao contato corpo a
corpo sem kimono. O ''praticante de jiu-jitsu'' de má índole, que treina 3 meses ( é o
suficiente para pegar a movimentação de luta ),enchem seus corpos com substâncias
proibidas, vestindo uma camiseta escrito jiu-jitsu e saem aterrorizando, batendo e
quebrando tudo e todos. Este tipo de animal não pode ser considerado um lutador ou
atleta de jiu-jítsu. Os jiu-jitsu têm muito mais em jogo, toda uma filosofia de ensino e
hierarquia .
5- Aquele aluno que sai brigando na rua, na sua opinião, o professor ou a academia tem
alguma responsabilidade?
Pedro Bilsky: Eu considero o aluno retrato do professor, se o professor é violento a
tendência do aluno é também de ser violento, se é calmo, o aluno tende a ser calmo,
sereno, coerente. Ocorre do aluno ter uma personalidade forte onde ele é inflexível,
nesse caso é recomendada uma boa conversa e caso não tenha nenhum resultado, a expulsão
do aluno da academia. (Já aconteceu comigo, não queria responder pelas atitudes de
meu ex-aluno).
6- Uma forma de conter a violência da luta são as competições?
Pedro Bilsky: Como já disse não relaciono violência com jiu-jitsu (os que praticam a violência
não são atletas). Acho que os campeonatos são para comparar os diferentes níveis técnicos
de diferentes academias.
7- Há mulheres praticando jiu-jitsu? Se sim, porque você acha q elas querem aprender a
lutar?
Pedro Bilsky: Claro que sim, e cada vez mais as mulheres vão ganhando espaço. Elas recorrem
ao jiu-jitsu para trabalhar o corpo, a auto confiança a garra o instinto de lutador e principalmente como defesa pessoal.

Professor Pedro Salvio Norese Bilsky
Faixa Roxa
Revista Em Pauta
Por Ricardo Méyer
Ediçaõ 10 Maio 2000

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