The art of not backing down (A arte de não andar para trás)

 A natureza sempre foi uma das principais fontes de inspiração para o universo das artes marciais. Boa parte da evolução técnica e filosófica do Jiu-Jitsu se deve à perspicaz contemplação do mundo selvagem. Veja, por exemplo, o embate do bravo cão husky contra o urso de proporções hostis. Qual livro ou professor seria capaz de ensinar com maior eloquência sobre a palavra CORAGEM? 
 Há uma inegável tendência a torcermos pela vitória do valente canino, não é mesmo? Ele não arreda  o pé diante da enorme encrenca que se aproxima. Como fará para vencer? Confiaça ele já tem o que é um ótimo começo. Velocidade é outra virtude. Se girar ao redor do urso, pode encontrar brechas para avançar num bote preciso sobre o pescoço do grandalhão.
 Independente do resultado do confronto, fica o ensinamento: Sempre haverá riscos ao longo do caminho. Às vezes, riscos enormes. Enfrentar ou fugir? O que fala mais alto na hora em que temos que reagir rápido a situasção de perigo? Instinto? Coração? Sabedoria? Praticar Jiu-Jitsu é justamente afiar o reflexo de reação a situações de adversidade: a arte de saber se defender. Se for faixa-preta, nosso amigo husky estará seguro para sobreviver às mais tenebrosas feras da floresta gelada. Se não for , fugir talvez seja uma opção a ser considerada.